Conhecer para se proteger
Quando discutimos assuntos recorrentes como o da violência, há uma tendência natural em acharmos que estamos “chovendo no molhado”; que debatermos, exemplificarmos ou apenas manifestarmos opinião a respeito da violência, não produzirá resultado.
No entanto, pensar que a violência é problema do outro, dos governantes, da Polícia ou apenas daqueles que vivem às margens da sociedade, aparentemente mais próximos à situações de risco, nos torna vulneráveis à ela. Na verdade, a violência – em qualquer um de seus aspectos: familiar, social, no trânsito; violência moral ou física – está em todas as partes,
A violência não escolhe idade, sexo, classe social das pessoas, não escolhe o lugar aonde moram. Hoje, estamos todos suscetíveis.
É importante, portanto, nos darmos conta de nosso papel na intenção de reduzir riscos, de nos proteger da violência. É preciso que tomemos consciência de que nossas atitudes interferem, podem fazer a diferença na busca pela “não-violência”.
Falar e fazer-se ouvir precisa e deve ser uma prioridade. Em se tratando de escolas, dos alunos, funcionários, professores e demais pessoas que convivem nesses ambientes, é fundamental um olhar ainda mais atento e comprometido.
Conhecer o inimigo, neste caso, a violência que cerca nossa escola, nosso bairro, nossa comunidade, é uma das formas mais efetivas no combate à violência - para que não nos tornemos vítimas desse inimigo.
Mobilizar o maior número de pessoas que pudermos faz a diferença. Quanto maior é o número de pessoas unidas em prol de algo, maior é o poder de luta, maiores são as chances de sermos ouvidos por quem faz as leis e protegidos por aqueles que as fazem cumprir.
Proª Lucimara Carraro.
26/10/2009